sexta-feira, 7 de abril de 2006

No meu copo 38 - Mateus Rosé

Eis-nos finalmente chegados à prova do famoso Mateus Rosé, o vinho português mais vendido no estrangeiro e principal receita da Sogrape, a empresa produtora.
Consta que até Saddam Hussein bebia Mateus Rosé, que é um vinho pouco apreciado em Portugal. Talvez por estar a meio caminho entre o branco e o tinto, o rosé é muitas vezes desconsiderado entre nós.
Pessoalmente gosto de beber rosé da mesma forma que branco ou tinto, desde que a ocasião seja adequada. No caso do Mateus, sendo um vinho leve e com pouca graduação alcoólica (apenas 11%), serve tanto como aperitivo, como acompanhante de entradas ou para refeições leves, ficando igualmente muito bem a acompanhar comida italiana ou chinesa. Pode mesmo dizer-se que é um vinho mais versátil que o branco e o tinto, pois não choca com quase nada. E como se bebe fresco ainda pode servir para beber calmamente como refresco numa esplanada.
A última prova foi com um prato de bacalhau no forno com azeite e cebola acompanhado de batatas às rodelas. Como já tive ocasião de referir, não sou grande apreciador de vinho tinto com bacalhau e pensei que me ia arrepender da escolha dum rosé, pois estava mais inclinado para um verde. Mas a verdade é que o Mateus se saiu muito bem da prova, tão bem que ainda foi pedida uma segunda garrafa para apenas duas pessoas. A sua leveza e frescura tornam-no adequado praticamente para qualquer circunstância.
Nós próprios nos esquecemos dos rosés nas nossas sugestões, mas este merece lá estar.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Mateus (R) - Vinho de mesa sem data de colheita
Região: Trás-os-Montes (sem denominação de origem)
Produtor: Sogrape
Grau alcoólico: 11%

Castas: Baga, Rufete, Tinta Barroca, Touriga Franca
Preço em feira de vinhos: 2,40 €
Nota (0 a 10): 6,5