sábado, 29 de novembro de 2008

Semana gastronómica da caça no Alentejo


Começou hoje e vai decorrer até ao dia 5 de Dezembro em várias localidades do distrito de Beja (Aljustrel, Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Odemira, Ourique e Serpa), onde diversos restaurantes apresentam pratos alusivos ao tema, à volta de perdiz, lebre, coelho, veado e javali.
No Portal do caçador podem ver mais detalhes e consultar a lista de restaurantes participantes e respectivas ementas. É de fazer crescer água na boca.

Kroniketas, caçador só no prato

No meu copo, na minha mesa 216 - Frei João 2003; Vasku’s Grill















Este continua a ser um local de regresso recorrente e presença assídua aqui nas Krónikas Vinícolas. Uma ocasião de efeméride familiar proporcionou uma deslocação ao local para comer o excelente fondue do lombo da casa, um verdadeiro “must” daquela ementa. Para mim, o melhor fondue da zona de Lisboa. Carne excelente, os molhos e as frutas muito bem combinados com os sabores da carne, um verdadeiro pitéu. De todas as vezes que lá vou fico indeciso entre comer o fondue ou outra coisa qualquer. Normalmente vou alternando, vez-sim vez-não.
Como estava acompanhado do núcleo familiar e praticamente só eu é que ia beber vinho, escolhi um dos mais baratos e a opção recaiu no Frei João, colheita de 2003, que sempre se porta muito bem com este prato. Desta forma pude também rever um dos meus vinhos preferidos na gama de entrada, que nunca me desiludiu.
Esta colheita mantém mais ou menos o perfil habitual, bem encorpado e com alguma robustez mas sem exagero. Macio quanto baste e com os taninos arredondados para ser bebível com relativa facilidade (os não apreciadores dos vinhos da Bairrada acham-no sempre áspero), está um pouco mais modernizado sem deixar de ter a marca dum bairradino clássico. Apresenta cor granada, algumas notas de frutos secos bem ligados com madeira muito discreta. Continua a agradar-me muito e a entrar na minha lista dos recomendáveis e, francamente, sempre achei que ele vale bem mais do que aquilo que o preço indica. Quem disse que um vinho barato não pode ser bom?
Quanto ao Vasku’s, mantém o nível de sempre. A qualidade do serviço tem sido apurada e o serviço de vinhos também. Vale a pena lá voltar para comer o fondue ou um dos muitos bifes de alcatra, lombo ou vazia.

Kroniketas, enófilo carnívoro

Restaurante: Vasku’s Grill
Rua Passos Manuel, 30
Telef.: 21.352.22.93
1150-260 Lisboa
Preço por refeição: 20 a 25 €
Nota (0 a 5): 4,5

Vinho: Frei João 2003 (T)
Região: Bairrada
Produtor: Caves São João
Grau alcoólico: 13%
Castas: Baga, Touriga Nacional, Camarate
Preço em feira de vinhos: 1,99 €
Nota (0 a 10): 7,5

terça-feira, 25 de novembro de 2008

No meu copo 215 - Vinha da Nora 2001

Não tenho sido um consumidor assíduo dos vinhos de José Bento dos Santos. Até agora só bebi o Vinha da Nora 2002 e o Clarete 2003. De resto, só algumas provas anuais no Encontro com o Vinho.
Este Vinha da Nora 2001 estava guardado há vários anos e receei que já estivesse em declínio ao fim de tanto tempo. Para grata surpresa apareceu bastante saudável, sem denotar quaisquer sinais de cansaço e a dar a sensação de estar no ponto ideal para ser bebido (curiosamente, espreitando o contra-rótulo este indicava que deveria atingir o auge 6 a 7 anos depois da colheita, pelo que o momento pareceu ter sido bem escolhido).
Apresentou-se com uma cor rubi ainda bastante concentrada, muito elegante e aromático mas ao mesmo tempo persistente e bem estruturado, com fruta madura bem presente, grau alcoólico elevado (superior ao de 2002) mas bem integrado numa boa acidez, a madeira muito discreta a conferir apenas maior complexidade ao conjunto e os taninos muito redondos. Depois de ter provado a colheita de 2002 e esta de 2001, quase me apetece classificá-lo como vinho “aristocrático”. Todo ele é elegância e sem dúvida recomendado para refeições requintadas e quiçá com o seu quê de exóticas. Um vinho que se destaca por estar desalinhado das modas.
Nas últimas feiras de vinhos tive oportunidade de adquirir ainda a colheita de 2002 por um bom preço (outra vez o Jumbo…) mas no Encontro com o Vinho já encontrei a colheita de 2005 que, pelo que me foi dado perceber e pela informação obtida, mudou o perfil para ser um vinho de consumo mais fácil. Não sei se terá sido uma boa ideia... Será que a moda também já chegou ali?

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Vinha da Nora 2001 (T)
Região: Estremadura (Alenquer)
Produtor: José Bento dos Santos - Quinta do Monte d’Oiro
Grau alcoólico: 14%
Casta: Syrah
Preço em feira de vinhos: 9,24 €
Nota (0 a 10): 8,5


PS - uma pergunta a quem possa interessar: para quando a remodelação do site com informção actualizada? Quem lá entrar não encontra informação posterior a 2003 nem vinhos posteriores a 2000.

sábado, 22 de novembro de 2008

No meu copo 214 - Quinta da Bacalhôa 2003

Aqui está um vinho famoso que nunca me convenceu. Sempre achei que tinha excesso de madeira, aliás um traço que é muito comum em variadíssimos vinhos da região de Setúbal. O vinho estagia 11 meses em barricas novas de carvalho francês e talvez o balanço entre a madeira e os aromas não seja o ideal, pelo menos para o meu gosto.

Ao fim de muitos anos voltei a prová-lo. Tratei-o com todos os mimos, pu-lo à temperatura adequada e decantei-o cerca de uma hora antes. Não posso dizer que desta vez fiquei encantado mas também não fiquei desiludido. Fiquemo-nos pelo meio-termo. Apresentou-se com uma cor rubi intensa, algum aroma a frutos vermelhos misturado com a madeira e após a decantação libertou mais os aromas e apresentou-se mais macio e equilibrado.

No conjunto, considero-o um bom vinho mas acho que não justifica o preço que custa.

Kroniketas, enófilo esclarecido


Vinho: Quinta da Bacalhôa 2003 (T)
Região: Terras do Sado
Produtor: Bacalhôa Vinhos
Grau alcoólico: 13,5%
Castas: Cabernet Sauvignon, Merlot
Preço em feira de vinhos: 14,49 €
Nota (0 a 10): 7,5

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O gosto formatado e a ZLTN


Não sei se repararam, pelo menos aqueles que lêem a Revista de Vinhos, mas na página 32 da edição de Novembro, dedicada às “notas soltas”, vêm dois apontamentos que vale a pena transcrever, com a devida vénia, e ler.
Num deles João Afonso fala do “gosto formatado” pelos vinhos da moda actual, sempre iguais. No outro Luís Lopes escreve em defesa da criação de uma ZLTN, Zona Livre de Touriga Nacional, que já qualifica quase como uma epidemia que alastrou a todo o território nacional e invadiu todo e qualquer vinho. Diz ele que depois da prova de vinhos do Douro já deitava Touriga Nacional pelos olhos mas que a prova de tintos do Alentejo, deste número, não lhe aliviou, pelo contrário, a touriguite aguda de que já padecia.
De facto, valia a pena criar uma Zona Livre de Touriga Nacional para ver se voltávamos a beber vinhos diferenciados outra vez. Não há cão nem gato que, seguindo a moda do gosto formatado, queira pôr o seu vinho a cheirar a flores. Já chateia. Num país que tem a bênção de possuir um território diversificado, com diferentes solos e climas que permitem a produção de vinhos tão diferentes entre os Vinhos Verdes, Douro, Dão, Bairrada, Estremadura, Ribatejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve, porque raio é que se há-de apostar sempre na mesma casta em vez de tentar realçar as castas mais típicas de cada região, como Aragonês, Trincadeira, Tinta Caiada, Baga, Castelão, Alfrocheiro, Jaen, Touriga Franca, Tinto Cão ou Tinta Barroca, por exemplo? Estaremos condenados à touriguização do país?
Na página 84 da mesma edição, na introdução à prova de tintos do Alentejo, João Afonso volta ao tema da “cada vez mais ubíqua Touriga Nacional” e conta que num almoço com duas dezenas de convidados um “conhecido crítico de vinhos” dizia que a Trincadeira não é uma casta para o Alentejo, argumentando que não conhece nenhum bom vinho alentejano da casta Trincadeira. E acrescentava que o Aragonês também não é uma casta do Alentejo!!! Dizia o tal crítico que as castas alentejanas são a Cabernet Sauvignon, a Syrah, essas... Claro, as mesmas da África do Sul, da Califórnia, do Chile, da Austrália, da Nova Zelândia (e como eu gosto de Cabernet...). E remata João Afonso (de novo com a devida vénia): “Parece que não são só as vinhas que estão a mudar. As mentalidades, o credo e a prosápia também. E nós – cansados de apregoar lá fora que somos diferentes porque temos castas diferentes – estamos cada vez mais parecidos com aqueles com quem não nos queremos parecer”.
Ao ler isto fico a pensar que o tal crítico (que é capaz de ser um pateta ou um convencido que se acha importante... ou as duas coisas) deve perceber menos de vinhos do que eu e talvez fizesse bem em mudar de vida... E será que alguém lê o que ele escreve? Ou será que já desistiu de escrever para o grande público?

Kroniketas, enófilo ignorante

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

No meu copo 213 - Bons Ares 2003

Este já é um clássico cá em casa. Este ano apareceu na feira de vinhos do Jumbo a um preço imbatível (normalmente está 2 ou 3 euros acima) e é um daqueles que dificilmente nos desilude. Depois da última experiência com a colheita de 1999, comprada em 2003 e provada em 2007, agora resolvi não esperar mais de um ano para provar a colheita de 2003.

Proveniente da Quinta dos Bons Ares, situada a 600 m de altitude na freguesia da Touça, no Douro Superior, uma das duas quintas que dão origem ao principal ícone da Ramos Pinto, precisamente chamado Duas Quintas (a outra é a Quinta da Ervamoira), feito de um casamento entre a Touriga Nacional (60%) e o Cabernet Sauvignon (40%) e com 6 meses de estágio em madeira, continua com o perfil habitual, encorpado e persistente, embora desta vez tenha aparecido mais macio na boca, menos pujante do que é costume. Mais uma vez fica a dúvida: estará a atravessar um patamar de evolução para cima, para baixo ou no ponto ideal? Curioso que me surja esta dúvida com sucessivas colheitas de 2003 no Douro…

Este 2003 pareceu-me uns pozinhos abaixo do 2002 (provado em 2006) mas não desmerece o nome que ostenta. Como foi experiência única com esta colheita, vamos ver o que nos dá a de 2005, última garrafa adquirida (agora com a denominação de Vinho Regional Duriense).

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Bons Ares 2003 (T)
Região: Trás-os-Montes
Produtor: Ramos Pinto
Grau alcoólico: 13,5%
Castas: Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon
Preço em feira de vinhos: 9,57 €
Nota (0 a 10): 7,5

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

No meu copo 212 - Evel Grande Escolha 2003; Grantom 2001

Continuamos nos domínios da Real Companhia Velha, com mais dois tintos. Um é uma versão nova de um vinho antigo, o Evel, o outro, o Grantom, é um regional Trás-os-Montes.
Este Evel Grande Escolha, existente há menos de 10 anos e que pretende ser o topo de gama da casa, pôs-me algumas dúvidas quanto ao momento de consumo. Adquirido com a Revista de Vinhos em 2006, portanto ainda relativamente novo, decidi esperar algum tempo, seguindo aliás o conselho que a revista dava, mas a dúvida era sempre a mesma, uma vez que não conhecia o vinho: até quando?
A verdade é que quando eu e o tuguinho resolvemos abri-lo, com menos de 5 anos de idade, revelou-se algo decepcionante. Estávamos à espera dum vinho pujante e com alguma exuberância aromática, mas não foi nada disso que encontrámos. Apareceu com os aromas algo escondidos e muito redondo e linear na boca. É, aliás, uma situação algo recorrente em certos vinhos do Douro, possivelmente terá acontecido o mesmo com a prova do Quinta dos Aciprestes Reserva 2003, referido no post anterior, ou então já passou a melhor fase, o que é duvidoso dada a sua idade.
Como havia mais vinhos em prova acabou por ficar ainda uma boa parte na garrafa. A surpresa veio no dia seguinte, em que o vinho estava muito melhor. Aí sim, mostrou maior complexidade e maior persistência, com a fruta bem integrada na madeira. Dito isto, e voltando a comparar as minhas impressões com as provas de outros blogues (Saca-a-rolha, prova de Setembro de 2006 e Pingas no Copo, colheita de 2001 provada em Maio de 2006), fico com a sensação de que estou com azar no momento das provas ou nas garrafas que me calham. E tendo em conta que não fiz nenhuma das provas sozinho (o problema podia ser só meu), a sensação foi partilhada. Portanto, fico a pensar porque é que dois vinhos adquiridos com a Revista de Vinhos e bastante elogiados pelos comparsas eno-bloguistas me passaram mais ou menos ao lado. Será que os deveria ter provado mais cedo? Deveria tê-los decantado uma ou duas horas antes? Neste caso do Evel Grande Escolha 2003, tendo em conta que só passadas 24 horas é que o vinho se revelou, como prepará-lo para a prova sem saber o que ia encontrar? Sendo assim, a nota que atribuímos é sob reserva.
Já o Grantom 2001 mostrou logo o que era. Este sim, mais pujante, mais exuberante nos aromas e mais complexo, com boa estrutura na boca e final longo, taninos presentes a dar firmeza ao conjunto mas sem ofuscarem o perfil aromático e o equilíbrio da prova. Muito bom para o preço que custa e adequado para acompanhar pratos fortes de carne.
Dito isto, fica a pergunta: o que é que me está aqui a faltar para usufruir na plenitude do que supostamente seriam dois belos vinhos, tendo em conta que a temperatura de serviço, os copos e até os pratos servidos à refeição estavam adequados? Alguém quer dar um palpite? Será que faltou decantar uma hora ou duas antes? Mas como saber sem conhecer o vinho? O produtor não deveria dar essa indicação no contra-rótulo quando tal se justifica? São raríssimos (menos de 1%, diria eu) os casos em que isso acontece.

Kroniketas, enófilo desconfiado

Produtor: Real Companhia Velha

Vinho: Evel Grande Escolha 2003 (T)
Região: Douro
Grau alcoólico: 14,5%
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão
Preço em feira de vinhos: 12,38 €
Nota (0 a 10): 7,5

Vinho: Grantom 2001 (T)
Região: Trás-os-Montes
Grau alcoólico: 13,5%
Castas: Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional, Touriga Franca
Preço em feira de vinhos: 4,75 €
Nota (0 a 10): 8

sábado, 8 de novembro de 2008

No meu copo 211 - Quinta dos Aciprestes 2003; Quinta dos Aciprestes Reserva 2003

A Quinta dos Aciprestes é uma das várias quintas de que a Real Companhia Velha é proprietária no vale do Douro. Situada entre o Cima Corgo e o Alto Douro, na zona do Tua, com um total de 90 hectares de vinha, estende-se por mais de 2 km na margem esquerda do rio Douro. Fundada no século XVIII, a actual quinta resulta da junção de várias quintas da zona em 1860 (informação disponível no site oficial).
É de dois vinhos da Quinta dos Aciprestes que hoje vou falar. Às vezes temos destas surpresas. Dois vinhos do mesmo produtor, do mesmo ano, de diferentes patamares: um normal DOC e um Reserva. À partida espera-se que o Reserva seja melhor que o DOC normal. Mas eis que ao abrir a garrafa o resultado é diferente.
Desde que começámos a escrever neste blog já tivemos a oportunidade, por puro acaso, de provar 3 vezes o Quinta dos Aciprestes de 2003. A última estava guardada em casa e curiosamente apareceu muito melhor que as anteriores. O tempo em garrafa fez-lhe bem e mostrou-se muito mais exuberante em termos de aromas e estrutura. Antes tinha uma predominância a frutos vermelhos maduros mas ainda algo fechado, como tínhamos referido na última prova. Agora apresentou-se mais cheio, mais persistente, ainda pujante mas com taninos mais arredondados, tendo desaparecido uma certa adstringência que estava presente e surgido uma envolvência mais harmoniosa em todo o conjunto.
Revendo essa prova de Junho 2006, na altura escrevi que deveria melhorar após estar uns 3 ou 4 anos na garrafeira. Esperei dois anos e melhorou muito, mas fico sem saber como seria daqui a mais 1 ou 2. De qualquer modo, pelo que mostrou agora pareceu estar já num ponto alto da evolução e na altura óptima para ser bebido, pelo que mais tempo poderia já trazer algum declínio. Mas isso já é uma incógnita. Em suma, uma aposta muito segura que obviamente merece estar na lista das escolhas permanentes. Ao bebê-lo pensei para comigo: se este está assim, como estará o Reserva?
Mas o Reserva acabou por ficar aquém do esperado. Ou por ainda não ter atingido o tal ponto óptimo de evolução e precisar de mais tempo em garrafa, ou porque já o passou e não dá mais. Os aromas discretos, estrutura mediana na boca e final pouco pronunciado. Bom, mas sem encantar e sem justificar claramente o seu superior estatuto.
Comparando as minhas impressões com as do Pingas no Copo e do Elixir de Baco (provas de 2006, note-se) e do Copo de 3 (prova de Novembro de 2007) fico com a sensação de que se o tivesse bebido logo quando o comprei com a Revista de Vinhos, em Maio de 2006, poderia ter ficado com melhor impressão. Mas quem iria adivinhar que um DOC melhorava mais que um Reserva? É a vida.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Região: Douro
Produtor: Real Companhia Velha

Vinho: Quinta dos Aciprestes 2003 (T)
Grau alcoólico: 14%
Castas: Touriga Francesa, Tinta Roriz, Tinta Barroca
Preço em feira de vinhos: 6,99 €
Nota (0 a 10): 8

Vinho: Quinta dos Aciprestes Reserva 2003 (T)
Grau alcoólico: 14%
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca
Preço com a Revista de Vinhos: 5,95 €
Nota (0 a 10): 7,5

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

No meu copo 210 - Dumonte 2005

Este é um daqueles vinhos pelos quais à partida ninguém dá nada. Mas a verdade é que me surpreendeu pela positiva. Muito equilibrado na boca, aromático quanto baste com alguma predominância a frutos vermelhos, corpo médio, macio mas com alguma estrutura e boa persistência, apesar da gama de preços em que se posiciona consegue portar-se como se valesse 3 ou 4 vezes mais.
O grau alcoólico também ajuda ao bom equilíbrio do conjunto. É um daqueles vinhos que não sendo nada de extraordinário consegue ser guloso e deixar-se beber com agrado. Pelo preço que custa pode ser uma boa aposta para o dia-a-dia.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Dumonte 2005 (T)
Região: Alentejo
Produtor: Caves Velhas - Enoport
Grau alcoólico: 13%
Castas: Aragonês, Trincadeira, Alicante Bosuchet
Preço em hipermercado: 1,99 €
Nota (0 a 10): 7

domingo, 2 de novembro de 2008

Actualização das nossas escolhas em 2008

Actualizámos a nossa lista de preferências em http://kronikasvinicolasescolhas.blogspot.com/ (link As nossas escolhas, à esquerda) com os preços encontrados nas feiras de vinhos de 2008. Os vinhos indicados são aqueles que já provámos em condições de formar uma opinião fundamentada e que achamos que valem aquilo que custam (seja muito ou pouco), ou seja, essencialmente em cada patamar de preços privilegiamos a relação qualidade/preço.
Os preços indicados servem apenas como referência ao mais barato encontrado para saber qual o valor mais baixo a que se pode adquirir cada vinho indicado, pois fora das feiras de vinhos os valores praticados são geralmente superiores, nalguns casos bastante superiores.
Só a título de exemplo, o Casa de Alegrete, que apareceu à venda no Jumbo a 10,45 €, no dia seguinte ao fim da feira de vinhos passou para 16 €!!! Por isso é que as feiras de vinhos são óptimas oportunidades para poupar algumas dezenas de euros dentro da oferta disponível.

Kroniketas, enófilo esclarecido