sexta-feira, 28 de julho de 2006

No meu copo 55 - Bons Ares 2002, Passadouro 2003


Um convívio interbloguista levou o núcleo duro do Grupo Gastrónomo-Etilista ao Vasku’s, um dos nossos restaurantes preferidos da capital. Fugindo ao habitual fondue, os quatro comensais optaram por um bife do lombo com molho pimenta, que estava delicioso como se esperava.
Claro que o grande tema do repasto não se fez à volta do prato mas à volta do copo. Para fugirmos também aos habituais alentejanos onde já não há muito por descobrir, e face à escassez de opções em regiões como a Bairrada, o Dão, o Ribatejo e a Estremadura (da Península de Setúbal não havia um único tinto), fomos para o Douro e começámos por escolher um Bons Ares tinto. Foi-nos apresentada uma sugestão pelo chefe de serviço que dava pelo nome de Passadouro como valendo a pena experimentar. Como se tratava de uma marca desconhecida de todos, resolvemos seguir a sugestão e começar por este.
É um vinho da zona do Pinhão, de cor muito escura, compacta, a tender para o violeta. Foi um pouco decepcionante. É um daqueles vinhos que, como já tenho aqui referido, me fazem questionar porque é que o Douro tem assim tanta fama nos vinhos de mesa. Pareceu-me (e não foi só a mim) perfeitamente vulgar e, tratando-se dum vinho de 2003, os aromas apresentaram-se ainda muito crus, pouco definidos e pouco exuberantes. O final de boca também é curto e não deixa grandes memórias, apesar dos 14% de álcool que não me pareceu que o beneficiem grande coisa. Pode ser que ainda melhore muito na garrafa mas daí até ser um excelente vinho vai uma grande distância. O meu comentário foi simples: não é vinho que me vá apetecer ter na garrafeira.
Esgotado o líquido da primeira garrafa, insistimos no Bons Ares, da Ramos Pinto. Esta é sempre daquelas casas que nos oferecem apostas seguras e tal como o seu primo Duas Quintas, aqui amplamente divulgado, este não nos deixou ficar mal na escolha. A Quinta dos Bons Ares é uma das duas donde saem as uvas para o Duas Quintas (a outra é a da Ervamoira, já por nós visitada). Neste caso a Ramos Pinto fez outro vinho apenas com uvas desta quinta, mais a jusante no rio Douro e situada em maior altitude, o que confere mais frescura e vivacidade aos vinhos ali produzidos. Curiosamente, por uma dessas particularidades em que é fértil a nossa legislação, este vinho não tem denominação de origem Douro mas sim Regional Trás-os-Montes, porque uma das castas usadas é o Cabernet Sauvignon. Mesmo sendo usada de norte a sul do país, vinho onde entre passa a ser vinho regional, porque não faz parte das castas recomendadas. Em nenhuma região. Vá-se lá saber porquê! Há uns 15 anos que bebo vinhos de Cabernet e esta casta tem-me proporcionado alguns dos melhores que tive oportunidade de provar...
Misturada em 40% com a famosa Touriga Nacional (60%), daí resultou um vinho, este sim, excelente. Cheio de estrutura e corpo, com um final prolongado e aromas muito mais exuberantes, extremamente equilibrado em todas as componentes, depois de se beber ainda se fica a saborear. Este é daqueles que não enganam e obviamente faz parte da minha garrafeira e das nossas escolhas. E é vinho para se bater bem com pratos mais pesados e condimentados. Um dos convivas comentou que “daria um excelente vinho do Porto”. Pois, dali também saem desses...
Considero que este vinho não é inferior ao Duas Quintas, pelo contrário, é até ligeiramente superior, pelo que o classifico uns pozinhos acima. O que até faz sentido, pois é mais caro.
No final do repasto foram apresentadas aos comparsas as duas garrafas de Reserva Ferreirinha recentemente compradas. Puderam admirá-las e manipulá-las, mas não apreciar o conteúdo, porque agora vão repousar na garrafeira do tuguinho, que fica como fiel depositário (é mesmo o que se pode chamar o fiel de armazém). Quando já não fizer calor, então vamos abri-las. Agora foi só para abrir o apetite…
E não digo mais nada porque vou de férias. O tuguinho que trate do estaminé durante o mês de Agosto. Boas provas.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Passadouro 2003 (T)
Região: Douro (Pinhão)
Produtor: Quinta do Passadouro - Sociedade Agrícola
Grau alcoólico: 14%

Preço no restaurante: 21 €
Nota (0 a 10): 6,5

Vinho: Bons Ares 2002 (T)
Região: Trás-os-Montes (regional)
Produtor: Ramos Pinto
Grau alcoólico: 13%

Castas: Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon
Preço em feira de vinhos: 11,99 €
Nota (0 a 10): 8


PS: Este post foi escrito acompanhado do som e da imagem do DVD do ano: Pink Floyd - Pulse. Para falar de grandes vinhos, nada como encontrar inspiração em grandes músicas.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

No meu copo, na minha mesa 54 - William Fevre, Sauvignon Blanc 2004; Chafariz do Vinho - Enoteca




Uma saída de fim-de-semana antes de férias levou-me a um local que não visitava há algum tempo e que tem sido alvo de conversas intra e interbloguistas. À falta de quórum bloguista, vai-se com a família. Senhoras e senhores, apresento-vos o Chafariz do Vinho, na Mãe d’Água, entre a Praça da Alegria e o Príncipe Real. Construído nas rochas da antiga mãe d’água de Lisboa, foi erguido dentro do edifício um espaço com 3 pisos onde se vê a água a correr por dentro da gruta. Em dias bons, chegando cedo, ainda se pode optar pela esplanada cá fora.
O Chafariz do Vinho - Enoteca, como o próprio nome indica, é antes de mais nada um local de degustação de vinho, onde se pode comer uns petiscos para acompanhar o líquido, mas é este o centro de todas as atenções na casa. A lista é imensa, com centenas de vinhos, portugueses e estrangeiros, certamente maior que mais de 90% dos restaurantes portugueses. Leva-se mais tempo a escolher o vinho que as comidas. Um dos proprietários é o nosso bem conhecido João Paulo Martins, crítico de vinhos, cronista da Revista de Vinhos e autor dum dos mais conceituados anuários de vinhos, e naturalmente a selecção de vinhos é feita por ele. Claro que os vinhos ali presentes são todos de qualidade acima da média, com preços a condizer, pelo que não se pode esperar ir lá para beber Monte Velho, Frei João ou Porca de Murça (estou a citar alguns vinhos baratos de que gosto, para que se não pense que estou a denegri-los). Tem ainda a particularidade de servir vinho e champanhe a copo. Para quem quer beber pouco mas provar bom, pode ser uma boa opção.
Das vezes que lá fui aproveitei para beber vinhos que não conhecia, com predominância para os estrangeiros. Alemães e franceses (brancos) têm sido escolhas recorrentes, porque é mais fácil encontrá-los bons do que bons brancos portugueses. Desta vez optei por um branco francês (até porque o tempo assim convida), da casta Sauvignon Blanc.
Não há dúvida que os franceses sabem fazer vinho, e este prova-o claramente. Com uma cor citrina desmaiada, quase incolor, um aroma frutado profundo, elegante e suave na boca mas ao mesmo tempo encorpado, com um fim de boca que nos deixa à espera do próximo trago. Bebe-se um e apetece logo outro. Mais convivas houvera e mais garrafas se despejara... Perante este vinho, fica-se com a certeza de que há mesmo vinhos brancos bons, apesar de haver quem pense o contrário e de em Portugal serem poucos.
Claro que os copos usados, do tipo flute, também ajudaram, assim como a temperatura a que o vinho foi mantido, desde logo colocado num frappé. O serviço de vinhos é esmerado ao máximo, como não podia deixar de ser.
Claro que se comeu qualquer coisa a imitar um jantar. Algumas entradas com patés e pães diversos enquanto se espera pelos mini-pratos. Um rolo de massa fresca com requeijão e espinafres, bastante suave; uma trouxa de couve com alheira de caça, bastante temperada e ligeiramente picante, a puxar mais para a bebida; e uma opção do dia, perdiz desfiada em molho de escabeche, saborosíssima. Vai-se petiscando devagar para fazer render enquanto se aprecia o vinho.
Por fim, uma surpresa: um bolo de chocolate que não estava no programa. Só vos digo que deve ter sido o melhor bolo de chocolate que já comi. Cremoso como se fosse mousse, de comer e chorar por mais. Parece que é feito em Lisboa, numa pastelaria de Campo de Ourique. Tenho que descobrir onde é.
No fim, paga-se bem mas com a sensação de que valeu a pena. Pelas comidas e pelas bebidas. Para dois adultos e duas crianças pagou-se 64,50 €. Definitivamente, é um local a colocar no roteiro de qualquer apreciador de vinhos e de quem goste de petiscos fora do comum.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: William Fevre, Sauvignon Blanc 2004 (B)
Região: Saint-Bris (França)
Produtor: William Fevre - Chablis
Casta: Sauvignon Blanc

Preço na Enoteca: 25,00 €
Nota (0 a 10): 8,5

Local visitado: Chafariz do Vinho - Enoteca
Chafariz da Mãe d’Água
Rua da Mãe d’Água à Praça da Alegria
1250-154 Lisboa
Telef: 21.342.20.79
Preço médio por refeição: 20 a 30 €

Nota (0 a 5): 5

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Na minha garrafeira 53 - Reserva Ferreirinha 1996

Um dia destes as Krónikas Vinícolas perderam o amor a uns cobres e abriram os cordões à bolsa. Já aqui falámos dos diversos vinhos da Casa Ferreirinha, dos melhores do país, e falta-nos um no currículo.
O Reserva Ferreirinha, anteriormente chamado Reserva Especial e que parece que vai passar a chamar-se apenas Colheita, é o filho mais pobre do Barca Velha, custando 4 vezes menos. É aquele que esteve guardado durante anos a evoluir e que, na prova final, não foi considerado merecedor do rótulo Barca Velha, pelo que leva o outro rótulo. Como também já referimos, parece que por vezes há enganos, pelo que se pode ter a sorte de apanhar um verdadeiro Barca Velha com outro rótulo e muito mais barato.
Passando pelo Jumbo, andámos durante umas semanas a mirar umas de 1996 que lá estavam a 39,99 €, depois desapareciam e depois voltava a haver. 10 anos para este vinho parece ser uma óptima idade para bebê-lo. Contactados os comparsas do costume, decidiu-se adquirir duas para degustar por quatro. Como havia mais duas, fiquei com elas para mim, para compor a garrafeira...
Agora ficam a repousar o resto do Verão nas melhores condições possíveis e lá mais para o Outono, quando já não está calor e não é necessário arrefecer o vinho, deverá ser a melhor altura para saboreá-las. Prometemos contar depois como foi.

Kroniketas, enófilo esclarecido

sexta-feira, 21 de julho de 2006

No meu copo 52 - Conventual 2005

Eis um vinho que não me encanta nem desencanta. Apesar de todos os encómios que são feitos aos vinhos de Portalegre, ainda não encontrei um que me enchesse verdadeiramente as medidas.
Este Conventual de 2005, da Adega Cooperativa de Portalegre, apresenta-se com uma cor granada, bastante fechada, aroma pouco exuberante para as castas que utiliza (Aragonês, Trincadeira e Alicante Bouschet), final de prova pouco vincado. Pode ser da tenra idade, pois é um vinho ainda muito jovem, e precisar de repousar mais algum tempo em garrafa, mas é daqueles que não me deixam grandes recordações, apesar do esforço.
É um vinho da gama média-baixa e não vale realmente mais do que aquilo que custa. Certamente que a Adega Cooperativa de Portalegre fará vinhos muito melhores que este, e eu fico à espera de descobri-los.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Conventual 2005 (T)
Região: Alentejo (Portalegre)
Produtor: Adega Cooperativa de Portalegre
Grau alcoólico: 13%

Castas: Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet
Preço em feira de vinhos: 2,19 €
Nota (0 a 10): 5,5

terça-feira, 18 de julho de 2006

No meu copo 51 - Conde de Vimioso 2002

Este é um vinho regional ribatejano da empresa de João Portugal Ramos em Almeirim, a Falua, que se posiciona na gama abaixo dos 5 euros, portanto na zona média-baixa. João Portugal Ramos é um nome bem conhecido a cujos vinhos já aqui fizemos referência em diversas ocasiões, nomeadamente aqueles que produz em Estremoz.

Da Falua já provámos o Conde de Vimioso Rosé e para uma próxima ocasião ficará o Conde de Vimioso Reserva.

O Conde de Vimioso tinto de 2002, comprado em 2004, é um vinho com alguma robustez, como é característico dos vinhos do Ribatejo, sem contudo ser agressivo. Bom corpo e aroma algo discreto, adequa-se a pratos de carne bem temperados, mas não excessivamente. Um borrego no forno é uma boa combinação.

Não sendo um vinho de encantar, também não desagrada e pode ser uma boa aposta para vinho do dia-a-dia, que se bebe com agrado, especialmente para os apreciadores de vinhos bastante encorpados. Beba-se desde já.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Conde de Vimioso 2002 (T)
Região: Ribatejo (Almeirim)
Produtor: Falua - Sociedade de Vinhos
Grau alcoólico: 13%

Castas: Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon
Preço em feira de vinhos: 3,20 €
Nota (0 a 10): 6

sábado, 15 de julho de 2006

No meu copo 50 - Deu La Deu, Alvarinho 2004

Verão, calor, tempo de vinho verde. Com a canícula que se faz sentir nesta altura, qualquer refeição sabe bem com um vinho fresco, e neste particular os verdes, porque são os que se bebem mais frescos a par dos espumantes, são os vinhos ideais (não, não estou doido, mesmo com carne, porque não?).
A oferta de vinhos verdes é grande e variada, dada a enorme extensão da Região Demarcada dos Vinhos Verdes (ocupa todo o Minho e grande parte do distrito do Porto). São também usadas várias castas na produção de vinhos verdes, sendo que a casta Alvarinho é habitualmente considerada de qualidade superior às restantes.
A casta Alvarinho é frequentemente associada a vinhos caros, mas não é necessariamente assim, e este Deu La Deu é um bom exemplo. Tem um preço perfeitamente aceitável e não desmerece em nada a fama da casta. De cor citrina clara, límpido e brilhante como deve ser, apresenta grande frescura na boca, com um corpo mais cheio e maior grau alcoólico que a maioria dos vinhos verdes, e é um vinho que estando bem fresco é agradável de beber quase em qualquer situação, mesmo fora das refeições.
Para quem quer conhecer um vinho Alvarinho mas não quer pagar o preço dum Palácio da Brejoeira, o Deu La Deu é uma excelente aposta. Por isso faz parte das nossas escolhas.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Deu La Deu, Alvarinho 2004 (B)
Região: Vinhos Verdes (Monção)
Produtor: Adega Cooperativa Regional de Monção
Grau alcoólico: 13%

Casta: Alvarinho
Preço em hipermercado: 5,89 €
Nota (0 a 10): 7

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Estamos na Revista de Vinhos!




















A ausência foi longa, devido a afazeres tele-futebolísticos e outros, mas agora regressámos, e logo com aquilo que se pode considerar uma menção honrosa.

Imaginem que no número de Junho da Revista de Vinhos, de que sou assinante, a páginas 76 há um artigo intitulado “Os vinhos na blogosfera”, de que aqui apresentamos o “fac-simile” nas imagens acima. Então não é que este vosso escriba deparou lá com a menção às Krónikas Vinícolas em termos que se podem considerar elogiosos? Não só é feita uma apreciação positiva a este blog como ainda, no meio do texto, é citado o nosso lema.

Não há dúvida, estamos a ficar famosos. Em 10 referências a blogs acerca de vinhos, logo havia de nos calhar também o brinde! O João Paulo Martins que se cuide...
Claro que isto só nos responsabiliza no sentido de continuarmos a não entornar os néctares de Baco. Até porque um tipo entornado não escreve nada em condições...

Kroniketas, enófilo esclarecido

domingo, 9 de julho de 2006

No meu copo 49 - Luís Pato Vinha Pan 1999

Por ocasião do benfazejo Portugal-Inglaterra, os dois basbaques que produzem este blog resolveram digerir uma bifalhada. Após consulta à lista da garrafeira, optámos por ver como estava de saúde um Luís Pato – Vinha Pan 1999, um regional das Beiras (foi feito numa altura em que Luís Pato andava de candeias às avessas com a comissão vitivinícola da Bairrada) adquirido nos idos de 2000 por 2500$00, preço especial.
A vinha da Panasqueira, dizia no contra-rótulo, fica numa encosta virada a Sul, tem solo argilo-calcário e 6900 videiras de casta Baga que agora terão a idade de 22 anos.
Confesso que tinha alguns receios, visto que a vetusta idade já poderia ter feito tropelias com o néctar. Por isso foi aberta e cheirada logo a seguir – por aí nada se detectou, o que era bom sinal. Decantámo-la, que é uma coisa que se pode fazer mesmo que não se tenha voz, e a cor não revelou sinais de velhice senil, como receávamos. Provámo-lo logo aí, para aquilatar da qualidade, e revelou-se em condições de ser servido – foi apenas um gole diminuto, para saber se teríamos de abrir outra garrafa e deitar o Luís pelo cano abaixo (salvo seja!).
Abrímo-lo e decantámo-lo com antecedência para que pudesse respirar e soltar-se e bem o fizemos: um certo pico gasoso que se notou na prova precoce já tinha desaparecido quando o bebemos mesmo, cerca de uma hora depois. Devido à temperatura ambiente, optámos por colocar sob o decantador de fundo largo uma manga refrigeradora (daquelas que abrem, com fecho de velcro), cerca de 20 minutos antes de o beber, o que se veio a revelar uma decisão sábia. Estas mangas revelam-se bem mais eficazes do que o próprio estágio no frigorífico (não, não é sacrilégio fazer isso com tintos…)!
Vamos lá a aspectos mais palpáveis: apesar dos 7 anos de idade a cor continuava profunda, de tons granada (não, caro iniciado nestas coisas, não era verde-camuflado – a granada de que falo é a pedra preciosa, de um vermelho profundo), com um aroma discreto e um corpo excelente. Continuava a revelar ligeira adstringência, como que a mostrar que ainda estava ali para se aguentar por mais algum tempo, o que até bate certo com a informação no site do produtor. A casta Baga tem destas coisas, e ainda bem. Revelou-se seco na boca, com sabor a frutos secos e talvez lembranças de couro, e o fim de boca era agradável, sem ser longo por aí além.
Em conclusão, além de bom, pode e deve guardar-se umas quantas garrafas para se irem degustando ao longo dos anos, porque este é daqueles vinhos que não se vai abaixo com facilidade.

tuguinho, enófilo esforçado

Vinho: Luís Pato Vinha Pan 99 (T)
Região: Regional Beiras
Produtor: Luís Pato
Grau alcoólico: 13,5%

Casta: Baga
Preço: cerca de 20€
Nota (0 a 10): 7,5

domingo, 2 de julho de 2006

Aguenta e não chora...



Isto tem estado meio parado, mas ninguém tem parado de beber e comer. Daí que prometemos para os próximos dias apreciações de coisas como um Luís Pato - Vinha Pan, um Anselmann Gewürztraminer e outros.
Basta esperar.

tuguinho e Kroniketas, os diletantes preguiçosos