Neste novo ano voltamos à Bairrada para falar dum vinho monocasta da tradicional Baga, a casta ex-libris da região. Tal como no final do ano passado, apresentamos um vinho da Adega Cooperativa de Cantanhede, este mais recente.
Tem uma cor rubi intensa e um aroma fortemente frutado. Na boca apresenta-se robusto e bem estruturado, com um corpo cheio. Mantém o perfil habitual nos vinhos deste produtor, com os taninos bem domados embora façam notar a sua presença, como é típico da Baga, embora se faça sentir o grau alcoólico mais elevado do que era costume. Estagiou 6 meses em barricas de carvalho português, francês e americano, mas a madeira não se sobrepõe aos aromas do vinho. Termina longo com um final marcado por especiarias.
Parece ser um vinho para durar, como aliás é típico na Bairrada, onde os vinhos muito adstringentes em novos amaciam com a idade enquanto ganham aromas secundários e terciários que lhes conferem, por vezes, um “bouquet” extraordinário que não se encontra nas outras regiões. Este Marquês de Marialva está já bem bebível porque os taninos foram arredondados, mas ainda poderá desenvolver outros aromas na garrafa. Ganha em ser aberto com alguma antecedência e pode-se bater com pratos de carne bem temperados. E pelo preço que custa, é uma aposta a repetir com frequência pelos amantes do género, como é o caso aqui das Krónikas Vinícolas. É uma das presenças garantidas nas nossas escolhas.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Marquês de Marialva Reserva, Baga 2003 (T)
Região: Bairrada
Produtor: Adega Cooperativa de Cantanhede
Grau alcoólico: 14%
Casta: Baga
Preço: 4,29 €
Nota (0 a 10): 7,5
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
No meu copo 80 - Marquês de Marialva Reserva, Baga 2003
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segunda-feira, 18 de dezembro de 2006
No meu copo 75 - Conde de Cantanhede Reserva 95
Aproveitando a embalagem, continuamos num registo bairradino para dar conta doutro reserva de 1995. Os vinhos Conde de Cantanhede são habitualmente suaves para o padrão tradicional da Bairrada, e este não foi excepção, apesar de constituído em 90% pela casta Baga. Já evoluído, de cor aberta e brilhante, final prolongado, taninos ainda presentes mas que o tempo amaciou.
Mostrou um aroma frutado menos marcado que o Messias e com o mesmo toque de especiarias, mas no geral o seu perfil era muito semelhante ao anterior. Também já ultrapassou o auge, mas nos vinhos da Bairrada isso não costuma ser um problema, pois são dos que apresentam maior longevidade sem entrarem em declínio acentuado e sem ficarem mortos, pois possuem uma acidez que os mantém vivos muito tempo depois de terem envelhecido. Mas quando já não melhoram, também não vale a pena guardá-los mais tempo.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Conde de Cantanhede Reserva 95 (T)
Região: Bairrada
Produtor: Adega Cooperativa de Cantanhede
Grau alcoólico: 12%
Casta: Baga (90%)
Preço (comprado em 2000): 628$
Nota (0 a 10): 7
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Krónikas Vinícolas
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