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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

No meu copo 263 - Quinta de Pancas 2007


Uma nova versão para a gama de entrada dum clássico da Quinta de Pancas, agora propriedade da Companhia das Quintas, que desde que tomou conta da produção de Pancas renovou o portefólio da casa, agrupando os seus vinhos numa designação comum chamada “The Quinta Collection”.

Ao tradicional Cabernet Sauvignon juntaram-se neste Quinta de Pancas “simples” a Touriga Nacional e o Alicante Bouschet. Sem ter as mesmas pretensões do ícone da casa, não deixa de ser um vinho bem elaborado e estruturado, com aroma frutado e algumas notas de compota e especiarias, suave na boca suave e com final persistente. Estagiou 9 meses em carvalho francês e apresenta a madeira bem integrada e discreta conferindo alguma complexidade ao conjunto.

Tratando-se de um vinho de combate, parece-me bem posicionado para ter sucesso nesta gama e bater-se com os campeões de vendas de outras casas. Merece entrar nas nossas escolhas.

Kroniketas, enófilo recatado


Vinho: Quinta de Pancas 2007 (T)
Região: Estremadura (Regional Lisboa)
Produtor: Companhia das Quintas
Grau alcoólico: 13,5%
Castas: Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet
Preço em feira de vinhos: 3,49 €
Nota (0 a 10): 7,5

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Pondo a escrita em dia... (2)

No meu copo 254 - Casa Burmester Reserva 05; Quinta de Pancas, Selecção do Enólogo 04; Gouvyas Vinhas Velhas 04; Porto Quinta de La Rosa Vintage 2000


(continuação)

O pontapé de saída foi dado por um Casa Burmester Reserva 2005 que já havia estado escalado várias vezes para jogar na equipa principal mas fora sempre preterido em função de outras escolhas. Entrou agora e teve uma boa prestação. É um vinho frutado mas não em excesso, o que lhe confere elegância e sofisticação. A fruta está lá mas não abafa tudo à sua volta. É uma escolha para ser revisitada.
Seguiu-se um Quinta de Pancas, Selecção do Enólogo 2004, um blend de três castas, muito bem casadas. Um vinho equilibrado, resultado do casamento harmonioso das boas características das 3 castas presentes: Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional e Alicante Bouschet, e em que nenhuma se sobrepõe às outras. De realçar a boa integração das especiarias do Cabernet Sauvignon que não são fáceis de abafar mas que ali estão presentes no ponto certo, não sobressaindo em demasia. A mim, convenceu-me, e se pensarmos na relação preço-qualidade, temos ali um vinho muito competitivo para o patamar de preço em que se encontra. É um vinho moderno, bem feito. Uns dirão que um pouco redondo e sem traço de diferenciação com outros, o que é verdade, mas que não deixa, por isso, de ser um bom vinho.
Passámos, então, a um Gouvyas Vinhas Velhas 2004. A opinião geral foi que se tratava de um vinho com grande personalidade. Muito diferente dos anteriores. É um vinho feito à moda antiga, complexo, estruturado, espesso, robusto, que evoca vinhos passados. Atrever-me-ia mesmo a dizer um vinho rústico, descontando aqui a componente negativa da palavra. Integrou-se na refeição e com os vinhos já provados como aquelas mobílias rústicas de boa qualidade que podem estar na mesma divisão com móveis Luís XVI, sem destoar e, pelo contrário, brilhar e até os ofuscar pela diferença. É feito de uvas provenientes de vinhas velhas, o que se nota bem. Não há muitos vinhos como este Gouvyas e os que há só existem no Douro. É um vinho que claramente pode marcar a tal diferenciação que o vinho português procura face aos outros. Sendo eu apreciador de vinho do Porto, e por isso tendencioso, continuo a achar, ao beber estes Douros, ou Douros com este perfil, que estou a provar um Porto, sem aguardente. E que se perdeu ali um belo vintage.
Fechámos a refeição com uma mousse de chocolate, que é uma das incondicionais sobremesas dos repastos da sociedade, acompanhada por um elegante vintage Quinta de La Rosa 2005. É um vinho de cor rubi, límpido no copo. No nariz tem um ataque ainda algo vinoso mas na boca mostrou-se já com a fruta – framboesa e amora – bastante arredondada. Apesar de estar pronto a beber, ganharia ainda mais em sofisticação e elegância se fosse bebido mais tarde. É sempre uma pena bebê-los novos, mas pena maior é não chegar a velho para os beber...

Politikos, artista amador convidado em versão enófilo-futebolística

Vinho: Casa Burmester Reserva 05 (T)
Região: Douro
Produtor: Sogevinus - Casa Burmester
Grau alcoólico: 14%
Castas: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz
Preço em hipermercado: 10,90 €
Nota (0 a 10): 8

Vinho: Quinta de Pancas, Selecção do Enólogo 04 (T)
Região: Estremadura (Alenquer)
Produtor: Companhia das Quintas
Grau alcoólico: 14,5%
Castas: Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet
Preço em hipermercado: 4,99 €
Nota (0 a 10): 8

Vinho: Gouvyas Vinhas Velhas 04 (T)
Região: Douro
Produtor: Bago de Touriga
Grau alcoólico: 14,5%
Preço em hipermercado: 36,5 €
Nota (0 a 10): 8

Vinho: Porto Quinta de La Rosa Vintage 05 (T)
Região: Douro/Porto
Produtor: Quinta de La Rosa
Grau alcoólico: 20%
Nota (0 a 10): 7,5

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

No meu copo 222 - Quinta do Cardo 2004

Proveniente da vinha mais alta de Portugal, a 700 m de altitude em Figueira de Castelo Rodrigo, este vinho da Quinta do Cardo faz parte da nova linha de produtos da Companhia das Quintas intitulada “The Quinta Collection”, que está associada às diversas quintas de que a empresa é proprietária de norte a sul do país.
Apresentou uma cor carregada e no primeiro ataque na boca apareceu bastante agreste, com boa estrutura, taninos muito vivos e a precisar de amaciar e os aromas muito fechados, o que requereu desde logo a decantação. Amaciou depois de decantado e à medida que foi evoluindo com o arejamento começou a mostrar nuances de compota, à mistura com algum floral no aroma. A madeira está presente mas discreta conferindo complexidade ao conjunto. O álcool está bem presente mas sem se tornar cansativo. Boa persistência em final longo e ligeiramente especiado.
Ainda não tinha provado este vinho e foi uma boa revelação. Parece ter garra e estrutura suficientes para evoluir positivamente na garrafa durante algum tempo. É um vinho para se bater com pratos condimentados e a pedir vinhos poderosos. Gostei bastante e é um daqueles casos em que o preço não denota tudo o que está dentro da garrafa.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Vinho: Quinta do Cardo 2004 (T)
Região: Beira Interior (Castelo Rodrigo)
Produtor: Companhia das Quintas
Grau alcoólico: 14,5%
Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz
Preço em feira de vinhos: 3,59 €
Nota (0 a 10): 8

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

No meu copo 198 - Prova Régia 2006; Bucellas Caves Velhas 2006

Dois brancos que são obrigatórios na minha garrafeira todos os anos. Agora com uma imagem renovada, o Prova Régia de 2006 quase esgotou o ano passado nas feiras de vinhos, tal a procura devido a um preço imbatível.
O que dizer deste campeão de vendas da Quinta da Romeira? Que está mais ou menos sempre como se espera, com aquela acidez refrescante do Arinto, com um toque floral e com notas de fruta tropical juntamente com algum citrino, bom para a piscina ou a esplanada mas também para uns bons petiscos de peixe ou marisco. No entanto, talvez surpreenda ao dizer que me pareceu esta colheita algo inferior às anteriores. Costuma ser um vinho que consegue ser estimulante na prova de boca sem deixar de ser leve, mas ou eu não estava nos melhores dias ou faltou-lhe ali qualquer coisa.
Sem deixar de ser uma boa aposta, porque nunca nos deixa ficar mal ao mesmo tempo que tem um preço bastante atractivo, pareceu-me faltar ali alguma frescura. Não sei se terei oportunidade de voltar a esta colheita, até porque já está no mercado a de 2007, mas para já vou deixar esta apreciação sob alguma reserva, acreditando que pode ter sido apenas uma baixa de forma passageira.
Já o Bucellas Caves Velhas 2006 (que agora pertence à Enoport) parece estar cada vez melhor. Enquanto o Prova Régia pareceu descer, o Bucellas pareceu subir. Uma frescura notável na boca, com notas citrinas bem marcadas com final floral, a par com uma acidez muito equilibrada, tudo envolto num amarelo brilhante e ligeiramente esverdeado. A sua frescura permite-lhe servir tanto para acompanhar peixes e mariscos como para ser bebido como aperitivo ou até mesmo apenas como bebida refrescante num dia de Verão. Neste caso acompanhou na perfeição uma salada de marisco. Um excelente branco para todas as ocasiões, cada vez mais incontornável e indiscutível no meu “top 5” dos brancos nacionais.

A Revista de Vinhos já tinha apresentado esta colheita como um dos melhores Bucelas dos últimos 20 anos, e bem merece o encómio. Aliás, já tive oportunidade de experimentar também o de 2007 e pareceu-me ainda melhor, mas a esse voltarei oportunamente.

Kroniketas, enófilo refrescado

Vinho: Prova Régia, Arinto 2006 (B)
Região: Bucelas
Produtor: Companhia das Quintas - Quinta da Romeira
Grau alcoólico: 12,5%
Casta: Arinto
Preço em feira de vinhos: 2,97 €
Nota (0 a 10): 7

Vinho: Bucellas Caves Velhas 2006 (B)
Região: Bucelas
Produtor: Caves Velhas
Grau alcoólico: 12%
Castas: Arinto (90%), Rabo-de-Ovelha
Preço em feira de vinhos: 3,49 €
Nota (0 a 10): 8,5

sábado, 7 de junho de 2008

Na Wine O’Clock 4 - Brancos e rosés





Mais uma prova na Wine O’Clock a um sábado, desta vez subordinada aos vinhos de um distribuidor. Tivemos a presença unicamente de vinhos brancos e rosés, com os produtores Companhia das Quintas, Herdade Grande e Quinta do Casal Branco.
A prova começou pelos rosés da Herdade Grande e da Quinta do Cardo, ambos de 2007. Este mais leve e aromático, proveniente duma quinta situada a 700 metros de altitude em Figueira de Castelo Rodrigo, uma das 7 pertencentes à Companhia das Quintas (as outras são a Quinta da Romeira, em Bucelas; a Quinta de Pancas, em Alenquer; a Quinta de Pegos Claros, em Palmela; a Herdade da Farizoa, em Elvas; a Quinta da Fronteira, no Douro; e as Caves Borlido, na Bairrada); aquele mais encorpado e com mais estrutura, proveniente da planície alentejana, na zona da Vidigueira.
Seguiram-se os brancos, onde tivemos oportunidade de voltar a provar o Herdade Grande, o Falcoaria, da Quinta do Casal Branco, e três brancos fermentados em madeira da Companhia das Quintas: o Quinta de Pancas Chardonnay Reserva, o Quinta do Cardo Síria Reserva e o Morgado de Sta. Catherina Reserva, todos de 2006. Estes brancos reserva têm a curiosidade de terem os seus rótulos homogeneizados para transmitir a imagem que daquilo a que a Companhia das Quintas chamou “The Quinta Collection”.
Pessoalmente não sou grande fã dos brancos fermentados em madeira pelo que o que mais me agradou foi o Falcoaria, muito suave e aromático e não fermentado em madeira, feito à base da casta Fernão Pires. Não deixa de ser interessante o Quinta do Cardo Síria, o mesmo nome da casta Roupeiro no Alentejo, um branco com a frescura da altitude. O Morgado de Sta. Catherina tem aquela força da acidez do Arinto de Bucelas e esta nova versão do Quinta de Pancas Chardonnay tem aquela untuosidade habitual no Chardonnay mas mantém uma certa frescura, talvez mais do que o de 2005 que tinha provado no Hotel da Penha Longa, tal como o Herdade Grande. Este último foi, assim, uma repetição, pelo que não trouxe novidades.
Em conjunto foi um painel interessante que nos trouxe alguns produtos que vale a pena conhecer e que de certa forma representam a retoma dos brancos em Portugal e o crescente apelo que os rosés têm vindo a transmitir. Pelo meio algumas conversas com os produtores presentes (o próprio António Manuel Lança esteve lá e falou-nos da sua Herdade Grande na Vidigueira) e com o director comercial da Companhia das Quintas, que ainda nos apresentou uma comparação entre o panorama dos vinhos nos anos 80 e agora a partir dum documento que encontrou com a referência aos vinhos vendidos há cerca de 25 anos. Como as coisas mudaram...

Kroniketas, enófilo esbranquiçado

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Os vinhos da festa 2007-2008 (3)

No meu copo 162 - Brancos



Ao longo da quadra festiva provámos mais uns quantos brancos que apreciámos assim:

Cabriz Colheita Seleccionada 2006 - Um branco despretensioso e agradável, na mesma linha do tinto com o mesmo nome. Bom acompanhante de peixe no forno, apresentando um bom equilíbrio entre corpo e estrutura, por um lado, e aroma e suavidade por outro. Feito com algumas das melhores castas brancas do Dão. Nota: 7

Prova Régia, Arinto 2005 - Do Prova Régia não há muito de novo a dizer. É sempre uma aposta segura, um dos meus brancos preferidos de Portugal. A frescura e acidez típicas do Arinto, com um aroma floral e notas de fruta tropical. Nota: 8

Quinta da Romeira, Chardonnay e Arinto 2005 - Em comparação com o Prova Régia, achei-o algo decepcionante. A mistura com o Chardonnay e a fermentação de 30% em barricas de carvalho dão-lhe aquele travo de que não sou grande fã, ligeiramente agreste para o meu gosto. Nota: 6,5

William Fevre, Sauvignon Blanc 2004 - Uma prova repetida de um excelente branco francês. É outra loiça. Já apreciado aqui. Nota: 8,5

Kroniketas, enófilo branqueado

Vinho: Cabriz, Colheita Seleccionada 2006 (B)
Região: Dão
Produtor: Dão Sul, Sociedade Vitivinícola - Quinta de Cabriz
Grau alcoólico: 12,5%
Castas: Malvasia Fina, Encruzado, Cerceal Branco, Bical
Preço em feira de vinhos: 2,79 €
Nota (0 a 10): 7

Vinho: Prova Régia, Arinto 2005 (B)
Região: Bucelas
Produtor: Companhia das Quintas - Quinta da Romeira
Grau alcoólico: 12,5%
Casta: Arinto
Preço em feira de vinhos: 2,97 €

Nota (0 a 10): 8

Vinho: Quinta da Romeira, Chardonnay e Arinto 2005 (B)
Região: Regional Estremadura (Bucelas)
Produtor: Companhia das Quintas - Quinta da Romeira
Grau alcoólico: 12,5%
Castas: Chardonnay, Arinto
Preço em feira de vinhos: 5,39 €
Nota (0 a 10): 6,5

Vinho: William Fevre, Sauvignon Blanc 2004 (B)
Região: Saint-Bris (França)
Produtor: William Fevre - Chablis
Grau alcoólico: 12%
Casta: Sauvignon Blanc
Preço em garrafeira: 14,90 €
Nota (0 a 10): 8,5

terça-feira, 14 de março de 2006

No meu copo 29 - Bucellas Arinto 2004; Prova Régia Arinto 2004

Apresentamos dois vinhos brancos de Bucelas. A região de Bucelas só tem Denominação de Origem autorizada para castas brancas, mas as empresas locais produzem vinhos tintos com a denominação de Vinho Regional Estremadura.
Sou fã desta região, considero mesmo que aqui se produzem os melhores vinhos brancos do país. São frescos, aromáticos, muito frutados e normalmente com uma característica que aprecio nos brancos: são vinhos normalmente “secos” (para quem não conheça a terminologia, é a característica oposta ao “doce”), característica que lhes é dada pela principal casta da região: o Arinto, que também é usado noutras regiões do país, até nos vinhos verdes. Vinificada em estreme ou em conjunto com outras, dá vinhos muito frescos e com boa acidez, enquanto se for conjugada com outras permite dar ao vinho essa acidez e o toque mais aromático que outras castas com características menos marcadas não conferem.
Estes vinhos de que aqui falamos, embora sendo ambos da casta Arinto, apresentam algumas diferenças. O Bucellas, das Caves Velhas, é menos elegante e um pouco mais áspero. O Prova Régia, da Quinta da Romeira, é um dos meus vinhos brancos preferidos: é mais seco, frutado e também com um marcado aroma a flores, e ao mesmo tempo é mais suave. É daqueles vinhos brancos que gosto de ter sempre na minha garrafeira, pois dá para acompanhar quase todos os pratos de peixe, entradas e mariscos, comportando-se sempre muito bem em todas as ocasiões. Uma aposta segura por muito bom preço. Por tudo isto, também tem lugar nas nossas escolhas.

Kroniketas, enófilo esclarecido

Região: Bucelas

Vinho: Bucellas, Arinto 2004 (B)
Produtor: Caves Velhas
Grau alcoólico: 12%

Casta: Arinto
Preço em feira de vinhos: 5,85 €
Nota (0 a 10): 6,5

Vinho: Prova Régia, Arinto 2004 (B)
Produtor: Companhia das Quintas - Quinta da Romeira

Grau alcoólico: 12,5%
Casta: Arinto
Preço em feira de vinhos: 3,07 €
Nota (0 a 10): 8