Este blog não é o ideal do que todos os outros deviam fazer. Não, o ideal são as opiniões do José Moita a propósito das sugestões que fizémos. As nossas opiniões só nos vinculam a nós próprios, e valem o que valem. Assim como as suas acerca dos 4 ou 5 blogs mais reputados, presumo que reputados por si. Ainda bem que a nossa escala lhe dá vontade de rir; assim sempre se diverte um bocadinho. Se bem que ficamos sempre com a sensação de que quem se ri por tudo e por nada não passa de um pateta alegre...
Sabe, como não temos a mania que somos sabichões nem que somos os maiores, nem andamos aqui armados em cagões, às vezes podemos cometer gaffes naquilo que escrevemos, como referir “sabores” quando queríamos referir “aromas”. Ainda bem que não referimos “cheiros”, senão lá vinha o Moita passar-nos o devido correctivo. Somos apenas amadores/amantes do vinho, não somos enólogos, nem produtores, nem viticultores, nem provadores, nem redactores da Revista de Vinhos ou de outra qualquer, apenas consumidores. Como tal, temos o direito a errar e até a dizer baboseiras se nos apetecer. Só não aceitamos lições de quem faz afirmações gratuitas sem nos provar a razão daquilo que diz. E você, é o quê?
Mas é pena que não conheça sabores terciários, sabe, porque já me aconteceu, no mesmo vinho, ao fim de uma hora encontrar sabores (e não só aromas) que não encontrava no início. Deveria chamar-lhes quaternários? O Prof. Virgílio Loureiro, com quem fiz um curso de prova, talvez lhe conseguisse explicar isso.
Mas já agora, você que se acha tão importante e sabedor e se arroga o direito de dar lições aos outros, explique-nos lá (se for capaz) porque é que a escala de 0 a 10 lhe dá vontade de rir. E já agora, a escala de 1 a 5 rolhas, usada pelo blog “Vinho a copo”, também dá vontade de rir? Sabe quem é o João Paulo Martins? Sabia que ele começou a fazer os seus guias de vinhos numa escala de 1 a 8? Há algum manual do bloguista, escrito por algum guru, onde se imponham normas para fazer uma apreciação do vinho numa escala numérica obrigatória? E se há, foi você que o escreveu? Porque se não apresentar razões válidas para a nossa escala lhe dar vontade de rir, nós é que teremos motivos para rir das suas pseudo-lições.
Quanto aos vinhos modernos que provamos ou deixamos de provar, isso é problema nosso, não acha? Ou será que também há um manual escrito por si dos vinhos que é obrigatório provar? E do dinheiro que é preciso gastar em cada um? Temos que provar todos os mesmos vinhos? E gastar 30 euros por garrafa? Para provar todas as novidades há a Revista de Vinhos. E quem lhe disse que queremos ser iguais aos outros blogs ou aproximar-nos de quem quer que seja? Isso também é uma norma escrita por si? Vinhos modernos e a sair para o mercado? Vinhos muito frutados, cheios de álcool e que sabem todos ao mesmo? É isso que define um bom blog ou um bom apreciador de vinhos? É ir na carneirada e alinhar nos ditames da moda e usar a escala de 0 a 20? Já agora, fique a saber que não andamos aqui a escrever para agradar ou fazer favores a quem quer que seja, porque não pertencemos a lobbies nem interesses instalados. Se é isso que lhe interessa, veio bater à porta errada. E experimente provar um Bairrada dos anos 80, pode ser que descubra alguma coisa que escapa à sua suprema sapiência.
Se você acha que a nossa escala dá vontade de rir, os seus comentários são patéticos. Lança aqui meia-dúzia de atoardas sem qualquer sustentação e sem justificar aquilo que diz. E olhe, se não percebe o sentido daquilo que escrevemos e aproveita partes de frases para fazer citações fora do contexto e com elas tentar ser engraçadinho, sugerimos-lhe que tenha umas aulas de português para ver se aprende a interpretar textos antes de nos vir dar lições sobre a roda dos aromas.
PS: E continuamos à espera do vinho com cheiro a cão molhado. Está na roda dos aromas.
tuguinho e Kroniketas, enófilos desalinhados
terça-feira, 5 de junho de 2007
Por detrás do Moita
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