Perdoem-me a insistência, mas beber este vinho é um prazer sempre renovado. Tinha provado a última da mesma colheita há cerca de um ano e agora parece que melhorou. Curiosamente, no blog Os Vinhos existe uma prova da colheita de 2002, onde o Pedro Rafael Barata refere que já passou o seu auge e o final é mediano.
Pois este de 2001, passado um ano, ainda está melhor. Mediano é que o final não é e pelo contrário talvez esteja, agora sim, no auge. O tempo em garrafa só lhe tem feito bem. Um corpo que nunca mais acaba, uma profundidade aromática espantosa, com aromas ainda exuberantes a fruta e algum toque a tostados e especiarias, com boa integração com a madeira e os taninos polidos mas ainda sólidos a darem grande firmeza a um conjunto homogéneo e equilibrado. E nem os 15 graus de álcool destoam do conjunto, tão bem disfarçados estão.
Definitivamente, um vinho que faz sempre os meus encantos por um preço que fica bem abaixo do que se poderia esperar. Para mim é incontornável e, repito o que disse há um ano, o melhor vinho do Esporão daqueles que já provei (continua a faltar o Private Selection e o caríssimo Torre do Esporão...).
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Quatro Castas Reserva 2001 (T)
Região: Alentejo (Reguengos)
Produtor: Herdade do Esporão
Grau alcoólico: 15%
Castas (não mencionadas no contra-rótulo) - as quatro melhores do ano em partes iguais entre estas: Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Syrah, Bastardo, Alicante Bouschet
Preço em feira de vinhos: 10,79 €
Nota (0 a 10): 9
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
No meu copo 231 - Quatro Castas Reserva 2001
Publicada por Krónikas Vinícolas à(s) 00:24
Etiquetas: Alentejo, Alicante Bouschet, Aragonez, Bastardo, Cabernet Sauvignon, Esporao, Reguengos, Syrah, Tintos, Touriga Nacional, Trincadeira
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