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O tempo estava quente, pelo que se havia acertado previamente uma refeição só com brancos. Alinharam à mesa: um William Fevre Sauvignon Blanc 2004, um Quinta de Sant’Ana Sauvignon Blanc 2008, um Colares D.O.C. Fundação Oriente 2008 e um Aneto 2009.
O primeiro a vir à liça, o William Fevre Sauvignon Blanc 2004, estava passado, pelo que foi de imediato dispensado. Acontece algumas vezes, felizmente poucas. O vinho é um produto orgânico, um ser vivo, que vive, cresce e morre. E este, ainda que anteriormente provado com excelentes resultados, já havia dado a alma ao Criador!
Passámos ao segundo, uma aquisição muito recente e que nem sequer chegou a ganhar pó na garrafeira comunitária, o Quinta de Sant’Ana Sauvignon Blanc 2008, que se revelou de grande qualidade. É um vinho regional da Estremadura, proveniente da Quinta de Sant’Ana, na aldeia do Gradil, perto de Mafra. Apresenta-se com uma cor dourada, fresco e mineral no nariz, com ligeiro toque floral. Na boca, mostra uma estrutura média, uma acidez domada e no ponto e uma assinalável persistência. Algumas notas vegetais no palato conferem-lhe alguma diferença em relação a outros brancos. Não conhecíamos e foi uma agradável surpresa, das melhores da noite. Tanto que lhe atribuímos a melhor das notas: 8,5. O rótulo e o logótipo da Quinta sendo simples e depurados são também elegantes, como o vinho, aliás. Roupa e produto casam assim na perfeição.
Importa dizer que este e os outros que se lhe seguiram tiveram de se bater com um arroz de tamboril muito malandrinho e caldoso confeccionado por mestre Mancha, com o qual procuramos mostrar-nos menos carnívoros do que habitualmente. E já que estávamos na Estremadura, passámos, sem fugir muito, a um Colares D.O.C. Fundação Oriente 2008, um vinho produzido em chão de areia. Apresenta uma cor de água, quase transparente no copo e um aroma de grande frescura, com notas vegetais. Na boca apresenta-se algo delgado, alguma acidez e um final de boca curto. É um vinho diferente, mais suave, mesmo na graduação alcoólica, 12,5º, com alguma personalidade, não deixando de ser gastronómico, recomendável para pratos simples e despretensiosos.
O último a tomar assento à mesa foi o Aneto 2009, um blend bastante blend que combina as castas Viosinho, Rabigato, Gouveio e Malvasia Fina. É um vinho pujante nos aromas a fruta tropical. No contra-rótulo não se refere a permanência em cave e por consequência em madeira, mas mesmo assim mostra estrutura, carácter e complexidade. A acidez está lá mas não em excesso, o que muitas vezes descaracteriza os brancos. É claramente uma boa aposta para branco e com uma boa relação preço/qualidade. De notar que o enólogo deste vinho, Francisco Montenegro, é o mesmo do Bétula, de que tivemos oportunidade de degustar duas garrafas generosamente oferecidas pelo produtor, e que muito nos agradaram tal como este Aneto.
No final, fechámos a refeição com a já tradicional mousse de chocolate preto com natas, decoradas com granulado de chocolate, e os mais aficionados das bebidas brancas ainda encontraram espaço para um golinho de uma aguardente húngara de nome Meggy feita a partir de cerejas ou ginjas. Suave e macia e com a cereja/ginja muito presente no nariz e na boca. Uma boa aposta em matéria de aguardentes. Para os interessados, o Mancha, que é fã de bebidas brancas, comprou-a no El Corte Inglés.
Politikos e Kroniketas, enófilos desta vez numa de brancos
Vinho: Veuve Clicquot - Champagne Brut (B)
Nota (0 a 10): 9
Vinho: Quinta de Sant’Ana, Sauvignon Blanc 2008 (B)
Região: Estremadura/Lisboa
Produtor: Quinta de Sant’Ana do Gradil
Grau alcoólico: 13,5%
Casta: Sauvignon Blanc
Preço: 16,45 €
Nota (0 a 10): 8,5
Vinho: Colares Fundação Oriente 2008 (B)
Região: Colares
Produtor: Quinta das Vinhas de Areia, Soc. Agrícola
Grau alcoólico: 12,5%
Castas: não mencionadas
Preço: 14,35 €
Nota (0 a 10): 7,5
Vinho: Aneto 2009 (B)
Região: Douro
Produtor: Sobredos – Produção e Comércio de Vinhos
Grau alcoólico: 13%
Castas: Viosinho, Rabigato, Gouveio, Malvasia Fina
Preço : 11,60 €
Nota (0 a 10): 8
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