Foi com alguma expectativa que abri esta garrafa. Foi adquirida com a Revista de Vinhos em 2005 com a indicação de guardar por algum tempo. Passado cerca de um ano e meio, dada a idade do vinho, considerei que era chegada a altura de bebê-lo.
Abriu-se a garrafa com alguma antecedência. Inicialmente os aromas apresentaram-se fechados, como seria de esperar, mas o arejamento não melhorou grande coisa. Mostrou-se pouco exuberante e medianamente encorpado, já com alguma evolução nos aromas e na cor. Na boca a fruta andou um pouco escondida e deixou um final um pouco curto.
Embora não desagradasse, não me pareceu ser um vinho de encantar. A casta Merlot origina vinhos suaves, sendo usada em França para equilibrar a maior adstringência da Cabernet Sauvignon. No entanto este Má Partilha acabou por ficar aquém das expectativas. Esperava um vinho com maior frescura, maior vivacidade, o que me levou a não compreender a razão de ser comercializado já com esta idade, pois parece caminhar para algum declínio ou ter estabilizado num patamar donde já não sairá para melhor. Sendo, além disso, comercializado normalmente a preços algo elevados (na casa dos 10 euros ou mais), era de esperar algo mais na linha da “potência, riqueza e complexidade dos seus aromas”, como diz o contra-rótulo. Mas não os encontrei lá. Enfim, fica para uma segunda oportunidade tentar descobrir os encantos escondidos que esta garrafa não me revelou.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Má Partilha, Merlot 2000 (T)
Região: Terras do Sado
Produtor: J. P. Vinhos (agora Bacalhôa Vinhos)
Grau alcoólico: 13%
Casta: Merlot
Preço com a Revista de Vinhos: 5,95 €
Nota (0 a 10): 7
sábado, 23 de dezembro de 2006
No meu copo 76 - Má Partilha, Merlot 2000
Publicada por Krónikas Vinícolas à(s) 02:47
Etiquetas: Bacalhoa, Merlot, Terras Sado, Tintos
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