Neste novo ano voltamos à Bairrada para falar dum vinho monocasta da tradicional Baga, a casta ex-libris da região. Tal como no final do ano passado, apresentamos um vinho da Adega Cooperativa de Cantanhede, este mais recente.
Tem uma cor rubi intensa e um aroma fortemente frutado. Na boca apresenta-se robusto e bem estruturado, com um corpo cheio. Mantém o perfil habitual nos vinhos deste produtor, com os taninos bem domados embora façam notar a sua presença, como é típico da Baga, embora se faça sentir o grau alcoólico mais elevado do que era costume. Estagiou 6 meses em barricas de carvalho português, francês e americano, mas a madeira não se sobrepõe aos aromas do vinho. Termina longo com um final marcado por especiarias.
Parece ser um vinho para durar, como aliás é típico na Bairrada, onde os vinhos muito adstringentes em novos amaciam com a idade enquanto ganham aromas secundários e terciários que lhes conferem, por vezes, um “bouquet” extraordinário que não se encontra nas outras regiões. Este Marquês de Marialva está já bem bebível porque os taninos foram arredondados, mas ainda poderá desenvolver outros aromas na garrafa. Ganha em ser aberto com alguma antecedência e pode-se bater com pratos de carne bem temperados. E pelo preço que custa, é uma aposta a repetir com frequência pelos amantes do género, como é o caso aqui das Krónikas Vinícolas. É uma das presenças garantidas nas nossas escolhas.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Vinho: Marquês de Marialva Reserva, Baga 2003 (T)
Região: Bairrada
Produtor: Adega Cooperativa de Cantanhede
Grau alcoólico: 14%
Casta: Baga
Preço: 4,29 €
Nota (0 a 10): 7,5
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
No meu copo 80 - Marquês de Marialva Reserva, Baga 2003
Publicada por Krónikas Vinícolas à(s) 01:15
Etiquetas: Baga, Bairrada, Cantanhede, Tintos
Subscrever:
Comment Feed (RSS)
|