Uma prova interessante: quase coincidentes no tempo, um Dão Casa de Santar tinto e um branco. Nem um nem outro são vinhos de topo, mas são ambos muito fáceis de beber.
O branco é aberto, macio, de cor citrina, com um toque floral no aroma, adequado para pratos delicados de peixe (óptimo com peixe no forno, pouco adequado para bacalhau). É um vinho que apetece beber e que se vai consumindo quase sem dar por isso. Os seus 12,5% de álcool não se sentem. Penso que pode fazer boa figura numa tarde verão a acompanhar umas entradas não muito condimentadas. O tinto tem um perfil semelhante. Sente-se macio na boca, com um final médio, aromático e encorpado quanto baste, sem ser agressivo. 13% de álcool bem diluídos. Nos tempos que correm, esta graduação não é nada de extraordinário, pois a tendência é para termos vinhos cada vez mais alcoólicos. Também vai bem com pratos delicados de carne, sem serem muito condimentados, pois corre-se o risco de os aromas do vinho ficarem abafados pelos temperos. Moderação, é o que se recomenda.
Dado o nível de preços, são vinhos perfeitamente acessíveis para um consumo corrente oferecendo uma qualidade bastante aceitável. Por isso justificam claramente a sua presença nas nossas sugestões. Dentro destes preços verá que não é fácil encontrar muito melhor.
Kroniketas, enófilo esclarecido
Região: Dão
Produtor: Dão Sul, Sociedade Vitivinícola - Soc. Agrícola de Santar
Vinho: Casa de Santar 2003 (T)
Grau alcoólico: 13%
Castas: Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro
Preço em feira de vinhos: 3,86 €
Nota (0 a 10): 6,5
Vinho: Casa de Santar 2004 (B)
Grau alcoólico: 12,5%
Castas: Encruzado, Cerceal, Bical
Preço em feira de vinhos: 3,29 €
Nota (0 a 10): 6,5
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
No meu copo 22 - Casa de Santar tinto 2003; Casa de Santar branco 2004
Publicada por Krónikas Vinícolas à(s) 01:29
Etiquetas: Alfrocheiro, Bical, Brancos, Cerceal, Dao, Dao Sul, Encruzado, Santar, Tinta Roriz, Tintos, Touriga Nacional
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